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Avanços em nova rodada de negociação da safra de Tabaco
Na última segunda-feira (03), o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, esteve na sede da Afubra para mais uma rodada de negociação da safra de tabaco. A reunião contou com a participação de representantes do setor, incluindo a empresa Souza Cruz, que retornou à mesa de negociação, reafirmando seu compromisso com a valorização dos produtores.
A Fetag-RS destaca que avanços foram obtidos na negociação, e reforça a importância de que as demais empresas sigam o mesmo caminho, demonstrando respeito não apenas à representação dos produtores, mas também aos agricultores que dependem dessa atividade. “Há espaço para negociação, estamos abertos ao diálogo, mas precisamos que as empresas queiram negociar. Hoje, tivemos casos de empresas que sequer compareceram, o que consideramos um desrespeito”, afirmou Carlos Joel da Silva.
Foi firmado acordo com a empresa BAT, que propôs um reajuste, linear, de 10,55% no Virgínia e 7,01% no Burley, o que significa a reposição da variação do custo de produção. Com isso, a BAT passa a operar com o valor de R$ 23,30 kg na classe BO1 do Virginia e R$ 20,55 kg na classe B1 do Burley,
Além disso, a Fetag-RS recebeu diversas denúncias de agricultores sobre práticas que podem configurar burla à legislação vigente. Segundo relatos, algumas empresas estariam aplicando médias dos últimos três anos na classificação do tabaco armazenado nos galpões, forçando os produtores a aceitarem valores abaixo do esperado. Caso o produtor não concorde, é orientado a levar o produto até a esteira na empresa, onde haveria a possibilidade de melhoria no preço. “Isso, na nossa visão, é uma tentativa de descumprir a legislação, e não hesitaremos em tomar medidas judiciais para garantir o cumprimento da lei”, alertou Joel.
Também estiveram presentes as empresas Universal Leaf, Alliance One, China Brasil e a Philip Morris, porém, não houve acordo.
A Fetag-RS segue firme na defesa dos direitos dos produtores e espera que todas as empresas atuantes no setor estejam dispostas a negociar de forma transparente e justa, garantindo condições dignas para os agricultores.
Foto e informações: Luciana Jost Radtke/Afubra