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Fetag-RS em busca de apoio para agricultura familiar atingida por ciclone

Nesta terça-feira (27), em Brasília, a Fetag-RS está sendo representada em uma série de reuniões para tratar sobre os prejuízos causados pelo ciclone. Na agricultura e pecuária familiar, inúmeras famílias tiveram perdas consideráveis em suas propriedades, sendo que em alguns casos a destruição foi muito grande em casas e galpões.

Juntamente com a representação das Regionais Sindicais Litoral, Vale do Caí e Sinos Serra, o vice-presidente da Fetag-RS, Eugênio Zanetti, e o engenheiro agrônomo da federação, Kaliton Prestes, na parte da manhã participaram de reuniões com o deputado federal Heitor Schuch e com o chefe de gabinete do coordenador da bancada federal gaúcha, deputado Carlos Gomes, em que foi solicitado apoio para a pauta construída pela Fetag-RS e pelos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais. O vice-presidente da Contag, o gaúcho Alberto Broch, também acompanha as agendas.

Na parte da tarde, as reuniões envolveram os Ministérios do Desenvolvimento Agrário e o do Desenvolvimento Social, além da Conab, na qual a comitiva da Fetag-RS foi recebida pelo presidente, Edegar Pretto. Já a noite, a pauta foi discutida com o secretário de Política Agrícola e Negócios Agroambientais do Ministério da Fazenda, Gilson Bitencourt.

A pauta apresentada reforça que as perdas enfrentadas pelos agricultores familiares são diversas e abrangem diferentes aspectos das atividades produtivas, incluindo a destruição de benfeitorias não apenas comprometem a segurança e a moradia das famílias, mas também afetam diretamente a capacidade de armazenamento e processamento dos produtos agrícolas. A perda de produção de alimentos impacta não apenas a subsistência das famílias, mas também a capacidade de pagamento das operações de crédito nos agentes financeiros.

Dentre as medidas solicitadas estão o pagamento de auxílio emergencial no valor de R$ 1.320,00 (Um mil e trezentos e vinte reais) mensais, pelo período de 6 meses para agricultores familiares atingidos; distribuição de cestas básicas por 12 meses; Prorrogação das dívidas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) de custeio e investimento; Liberação de recursos extraordinários, por meio das prefeituras municipais e seus fundos para agricultura, destinados à reconstrução da infraestrutura produtiva, como aquisição de animais, recuperação de galpões, cercas, máquinas agrícolas e recuperação dos solos afetados, contribuindo para a retomada das atividades agrícolas; Disponibilização de milho através da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB); Abertura de adesão ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) compra e doação simultânea nos municípios atingidos pelo ciclone; e ampliação do número de profissionais da assistência técnica e de extensão rural nos municípios atingidos de forma emergente para realizar um plano de manejo agropecuário e de turismo rural nas unidades produtivas e dentro das localidades pelo período de 12 meses no mínimo.

De acordo com Eugênio Zanetti, “os ministérios trabalharão nas demandas nos próximos dias e na semana que vem será realizada mais uma rodada de diálogo com o governo. É urgente que medidas sejam anunciadas, pois os estragos causados pelo ciclone trouxeram perdas graves para muitas famílias, tanto nas lavouras quanto na estrutura das próprias casas. Seguiremos cobrando e articulando com os ministérios e demais órgãos de governo”.

Também integram a comitiva da Fetag-RS nas agendas em Brasília: José Samuel da Silva Santos, do STR de Santo Antônio da Patrulha; Evandro Durr, do STR de Caráa; Paulo Cesar Esperança Fialho, do STR de Maquiné; Maria Regina da Silveira, do STR de Montenegro.