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Fetag discute integração na avicultura
Sobre a Doux, o presidente da Fetag, Elton Weber, diz que houve
avaliação do cenário, como falta ou não de ração, atraso nos pagamentos e
o pedido dos produtores para não alojar como forma de pressão. A Fetag
vai acompanhar as tratativas junto ao governo do Estado e aos bancos,
fiscalizando para que os atrasos não se intensifiquem e a entrega de
ração seja mantida com regularidade. Weber atribui o agravamento da
situação à escassez de argumentos jurídicos mais concretos, visto que os
contratos de integração são redigidos apenas pela indústria.
Apesar dos problemas com a Doux, Weber reforça que ela não é a única a
descumprir acordos. Há registros de atrasos da Aurora, da Diplomata e os
resultados por lote da Perdigão e da Sadia não estão a contento,
segundo o presidente da Fetag. Nessa análise da integração como um todo,
a Comissão avaliou o projeto de lei que está sendo discutido no
Congresso Nacional sobre um modelo-padrão de contrato para atividades de
integração em geral. Em março, a Fetag estará em Brasília acompanhando a
votação da regulamentação das atividades de integração.
Outro ponto que tem causado dores de cabeça aos agricultores familiares é
a questão ambiental na avicultura. Weber fala da legislação restritiva e
sobre a discussão da autorga dos recursos hídricos da água, mas
enfatiza que não há clareza se isso será feito por municípios, estado ou
comitês de bacia. Diz que os bancos começam a fazer essa exigência,
“mas não sabemos quem deve executá-la”. Além disso, existe preocupação
com os custos, que variam de R$ 3 mil a R$ 10 mil por fonte ou poço de
captação de água. Ele relata que no último dia 17, a Fetag solicitou que
o Banco do Brasil altere ou não faça tal exigência de regularidade
ambiental. O pedido baseia-se no decreto estadual que concede 13 anos
para a regularização.
Nas próximas duas semanas, ocorrerá uma reunião na Fetag com a
Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Comitês de Bacia, Comissão de
Integrados e Meio Ambiente para discutir a questão ambiental na
avicultura e nas propriedades rurais. O presidente Weber sugere um
diagnóstico para ajustar a integração, avaliar a saúde financeira das
empresas e a necessidade de intervenção do Bndes, se for o caso. Ele diz
que a avicultura tem vínculo forte com a exportação e que o dólar baixo
pressupõe dificuldades. O dirigente defende que o governo esteja atento
à situação e, se necessário, aplique medidas especiais. Com os olhares
de todos voltados para a Frangosul – bancos, empresas e governo –
acredita que uma posição deverá ser tomada. “Para os produtores, não
interessa se o dinheiro vem dos bancos, da França, do Bndes ou do
governo do Estado”, completa.Mais informações – Elton Weber – (51-9325-0040)
Assessoria de Imprensa – 18/11/2011 – Izabel Rachelle – (51-9325-2162)