INFORMATIVOS
INFORMATIVO N° 1.842
INFORMATIVO N° 1.842
REDACÃO: Eduardo Oliveira
DATA: 28/01/2025
SITE: www.fetagrs.org.br
Informativo desta terça-feira está no ar!
Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 313 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados. Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.
CIRCULAR DIVULGA APLICATIVO QUE AJUDA A CALCULAR CONFORTO TÉRMICO PARA BOVINOCULTURA DE LEITE
O processo de elaboração do BovConfort, aplicativo que auxilia no cálculo de estresse térmico para predizer perda na produção leiteira, é o tema da nova circular técnica publicada pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi).
Lançado em 2023, o BovConfort permite que o usuário calcule o Índice de Temperatura e Umidade (ITU), para identificar as faixas de conforto ou desconforto térmico a que seus animais estão submetidos, estimando seus efeitos na produção de leite.
“O estresse calórico acontece quando as altas temperaturas, aliadas à alta produção de calor metabólico, resultam em um estoque de calor corporal excedente, e o animal não consegue eliminá-lo para o ambiente”, explica a pesquisadora Adriana Tarouco, uma das autoras da publicação.
Pelo aplicativo, o usuário também tem acesso a informações que o auxiliem na tomada de decisão para o manejo do rebanho. “São recomendações técnicas desenvolvidas com embasamento científico, visando obter melhores resultados de produtividade”, complementa a pesquisadora.
O cenário atual, em que se registram temperaturas do ar excessivamente elevadas e aumento da temperatura média anual, torna esse tipo de monitoramento ainda mais necessário para a produção leiteira.
“O aquecimento global é um grande desafio para a bovinocultura de leite. Além disso, a seleção genética por animais mais produtivos, com elevada produção de leite, tem tornado os rebanhos mais vulneráveis às mudanças climáticas”, destaca Adriana.
O BovConfort está disponível para download gratuito.
Fonte: Seapi
POUCA CHUVA EM JANEIRO DEIXA PRODUTORES DE SOJA EM ALERTA NO NORTE DO RS
Mesmo sem o registro de grandes perdas na cultura da soja, a falta de chuva tem causado preocupação entre os agricultores de Passo Fundo e região.
Segundo o informativo conjuntural da Emater divulgado na última quinta-feira (23), as condições climáticas no norte do Rio Grande do Sul estão melhores em comparação a outras áreas do Estado, como no Noroeste, onde a estiagem já causa danos mais severos às lavouras. Apesar disso, o volume de chuva é inferior ao ideal.
Algumas lavouras da região já registram perdas localizadas. De acordo com o gerente regional da Emater, Gustavo Bonotto, caso a falta de chuva persista, há possibilidade de prejuízos para os agricultores que esperam a boa produtividade do grão.
— Janeiro apresenta 50% das precipitações consideradas normais para a época do ano. Continuando nessa condição, teremos, sim, danos severos na soja — disse.
Até as 15h de 27 de janeiro choveu 78 milímetros em Passo Fundo, o que corresponde a 43% da média prevista para o mês, de 181mm, conforme o Climatempo. Na região de Passo Fundo, o desenvolvimento das lavouras de soja é o seguinte:
cerca de 10% encontram-se em desenvolvimento vegetativo
60% em florescimento
30% em formação dos grãos.
Segundo Bonotto, regularidade de chuva se torna um fator decisivo para garantir o potencial produtivo.
— Áreas plantadas mais cedo apresentam até o momento um desenvolvimento relativamente normal. As lavouras mais tardias demonstram mais de prejuízo ou de perda de potencial produtivo — analisou.
Fonte: GZH
AGROFAMÍLIA ENFRENTA BUROCRACIA
Dos R$ 201,2 milhões anunciados pelo governo do Estado para o Programa Agrofamília, em julho de 2024, saíram do papel para o bolso do produtor, efetivamente, R$ 26,7 milhões (13,27%). A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) garante, no entanto, que o fluxo dos recursos será significativamente acelerado no primeiro semestre deste ano.
O baixo valor de repasses seria decorrente, em parte, de mudanças necessárias no Programa de Aquisição de Leite em Pó. A ação tem o objetivo de ampliar a compra do alimento produzido por agricultores familiares e, ao mesmo tempo, contribuir para o abastecimento de famílias em situação de vulnerabilidade social e nutricional. A previsão era investir cerca de R$ 23 milhões em produtos, entre outubro e dezembro do ano passado, o que não se concretizou.
“Precisamos readequar as quantidades de compra, a partir de um novo volume a ser calculado como ideal de consumo das crianças beneficiadas”, explica o diretor geral da SDR, Romano Scapin.
Em 2024, os recursos do Agrofamília foram direcionados para quatro ações: ampliação do subsídio do Programa Troca-Troca de Sementes, aumento do bônus de Sementes e Mudas Forrageiras, anistia da etapa Safrinha do Troca-Troca e melhorias no Pavilhão da Agricultura Familiar da Expointer.
Reformulado para 2025, o Sementes e Mudas Forrageiras vai atender 16.076 produtores rurais, com aplicação de R$ 18,4 milhões. A iniciativa tem como objetivo estimular a diversificação e a qualidade de pastagens, visando melhorar a produção de leite e carne, além da qualidade dos rebanhos.
Sistema digital
No final de dezembro, foram publicadas as listas finais de quatro projetos que, somados, correspondem a um aporte de R$ 31,6 milhões: apoio a agroindústrias familiares, incentivo a projetos produtivos para jovens, recuperação produtiva de pescadores artesanais e comunidades quilombolas. No total, 1.049 projetos foram contemplados, mas ainda aguardam os repasses.
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) avalia que há urgência na modificação nos processos de liberação de recursos vinculados ao Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper).
“O excesso de burocracia torna muito longo o processo. Isso pode levar até dois anos”, alerta a primeira-secretária e Coordenadora Estadual de Juventude e Educação do Campo da Fetag, Camila Rode.
Scapin afirma que a preocupação da Fetag é uma prioridade para a SDR. A secretaria contratou uma empresa para criação de sistema digital que deve acelerar encaminhamentos de projetos e liberação de verbas do Feaper, cuja gestão está a cargo do Badesul.
“Até março, deve estar em operação o Feaper Web, que agilizará encaminhamentos de projetos e a destinação das linhas de crédito aos produtores contemplados”, assegura o diretor-geral da SDR.
Fonte: Correio do Povo
A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE
A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.
Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.
O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2025 é de R$ 51,00 (cinquenta e um reais) por membro do grupo familiar.