INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.840

INFORMATIVO N° 1.840

REDACÃO:  Eduardo Oliveira

DATA:  21/01/2025

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo desta terça-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 313 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

 

FALTA DE CHUVA NO RS COMEÇA A IMPACTAR A PRODUÇÃO GAÚCHA DE CARNE E DE LEITE

Assim como a agricultura, a pecuária agora também começa a “sentir” o efeito da falta de chuva no Rio Grande do Sul. O principal problema no momento é a oferta de alimento para os animais, apontou o informativo conjuntural divulgado nesta semana pela Emater. Há relatos ainda de produtores registrando redução na produção de carne e de leite por essas condições climáticas.

Conforme o documento da Emater, o desenvolvimento das pastagens “está abaixo do esperado” para o período no Estado. Segundo o extensionista rural e assistente técnico estadual da Emater Jaime Ries, o calor intenso, por si só, já reduz a produção do rebanho, seja de carne, seja de leite, independente da oferta de alimento.

— Com a alimentação prejudicada, o cenário piora — acrescenta Ries.

As regiões que começam a acumular problemas na pecuária são a Campanha, Zona Sul, Fronteira Oeste, Central e Missões.

Além das pastagens, o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, cita problemas nas lavouras de milho, base da alimentação do rebanho leiteiro:

— Na nossa propriedade, o milho está todo murcho. Uma chuva esparsa, com alguns milímetros, já recupera a lavoura. Mas, de modo geral, está seco, sim.

Na pecuária de corte, a presidente da Comissão de Relacionamento com o Mercado do Instituto Desenvolve Pecuária, Fernanda Costabeber tem observado escassez de gado com bom acabamento para o abate no Estado.

— Alguns produtores estão retirando o gado do campo em função da seca que está se apresentando — explica Fernanda.

Prevenção

Diante desse cenário, José Fernando Piva Lobato, coordenador da Comissão Pecuária de Corte da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), chama a atenção para a necessidade dos produtores se prepararem para uma possível nova estiagem no Rio Grande do Sul. E cita a reserva de forrageiras, além de investimentos em irrigações, como prioridades:

— Países que enfrentam terremotos e enchentes de maneira mais frequente já perceberam isso. É preciso um processo de amadurecimento do produtor.

Fonte: Zero Hora

 

PREVISÃO DO TEMPO PARA OS PRÓXIMOS DIAS REFORÇA ESTIAGEM NO RIO GRANDE DO SUL

Persistências de altas temperaturas e chuvas irregulares marcam a previsão do tempo, da MetSul Meteorologia, para a semana no Rio Grande do Sul. O prognóstico para os próximos dias reforça os efeitos da estimativa em partes do Estado, mantendo os produtores rurais, em especial da cultura da soja, em alerta.

As temperaturas devem ficar acima de 35º especialmente no Centro, Oeste e Noroeste do Rio Grande do Sul, intensificando a perda de umidade do solo. Os volumes de chuva previstos são maiores para a Metade Norte gaúcha, conforme divulgado pela MetSul Meteorologia.

No Oeste, Centro e Campanha as ocorrências serão isoladas e em menor volume.

“A maioria das variações está apontando para o que já era esperado. Vamos seguir tendo baixas precipitações e muita irregularidade nas chuvas”, analisa a pesquisadora em Agrometeorologia da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Loana Cardoso.

Loana destaca que a acentuação das condições climáticas que caracterizam o verão é uma situação típica das características do fenômeno natural La Niña. Segundo ela, para recuperar a umidade do solo são permitidas chuvas de pelo menos 40 ou 50 milímetros, pois a demanda evaporativa na estação é de 8 milímetros por dia.

“A recomendação possível aos produtores rurais (soja) é que tendo água reservada consiga de alguma forma se organizar e fazer a irrigação. O período é crítico para a cultura que está em fase de floração e enchimento de grãos”, orienta.

O engenheiro da Emater-RS/Ascar, Alencar Paulo Rugeri, afirma que o período é de cautela. Segundo ele, ainda é inseguro quantificar e afirmar as perdas na cultura da soja por regiões.

“É complexo. Somente após uma chuva mais significativa será possível fazer essa análise”, ponderou, complementando que, no momento, é possível afirmar somente que há sojicultores com perdas significativas.

Além dos sojicultores, os eventos climáticos recentes também trouxeram preocupação extra para os agricultores de Caxias do Sul. Em trinta dias aconteceram quatro episódios severos de granizo, causando prejuízos para os fruticultores. Foram afetados os pomares de ameixa, cáqui, uva e pêssego nas localidades de Bevilacqua, Terceira Légua, Segunda Légua e Fazenda Souza.

Ontem, dia 20, o titular da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SMAPA), Rudimar Menegotto, visitou a propriedade do agricultor Dalvi Vicenzi, em Bevilacqua, próximo à Fazenda Souza. Lá, o granizo devastou 1,5 hectare de pomar de ameixa da variedade Letícia no último dia 16 de janeiro. A fruta estava quase pronta para ser colhida e a produtividade era recorde, de cerca de 50 toneladas – mais de 40 toneladas por hectare.

Fonte: Correio do Povo

 

COLHEITA DA UVA É ABERTA COM EXPECTATIVA DE PRODUÇÃO DE MAIS DE 700 MIL TONELADAS

Com expectativa de produção de mais de 700 mil toneladas de uva em 2025, ocorreu nesta quinta-feira (16/1) a abertura oficial da colheita da uva, em Bento Gonçalves. O evento realizado na Vinícola Vistamontes, no distrito de Faria Lemos, também marcou a abertura da programação do “Bento em Vindima” e contou com a presença do secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, e demais autoridades.

O Rio Grande do Sul é o maior produtor de uvas e vinhos do país. São cerca de 15 mil famílias que produzem uvas em cerca de 48 mil hectares, em municípios da Serra e Campanha. A produção de uvas, vinhos e espumantes impulsiona o turismo, a gastronomia e a economia do Estado.

O secretário Kuhn, ressaltou o destaque que a produção do fruto da videira alcança hoje em todo o território nacional. “A projeção é que teremos uma safra cheia, de retomada da produção, e expectativa de alta qualidade dos frutos, que terão impactos diretos na produção dos nossos vinhos, espumantes e sucos”, afirmou.

Kuhn ainda fez uma referência ao chapéu de palha dos agricultores. “O chapéu é muito usado para se proteger do sol, mas quando a gente tira o chapéu para alguém é em questão de muito carinho, respeito e admiração. Então nós, o governo do Estado, tiramos o chapéu aos nossos agricultores e amigos italianos”, ressaltou.

Desta vez, a propriedade escolhida para sediar a abertura foi a de uma família que cultiva vinhedos desde 1918, há cinco gerações. Idealizada pelo casal de enólogos Geyce Marta Salton e Anderson De Césaro, a Vinícola Vistamontes incorporou o enoturismo à tradicional propriedade vitícola em 2009. Sua produção é de espumantes e vinhos barricados de lotes limitados, além dos sucos de uva.

“Todo o cultivo das vinhas, do plantio à colheita, é feito de forma manual, por pessoas apaixonadas, experientes e dedicadas, que possuem um saber fazer peculiar, passado de geração a geração desde mais de um século”, contou Geyce.

Para o prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Siqueira, a colheita representa o trabalho dos agricultores. “Receber aqui esse evento tem um significado muito importante para a nossa comunidade. Passamos juntos por momentos de dificuldades que nos fortaleceram como sociedade. Hoje apresentamos uma safra de qualidade, mas, principalmente, queremos reforçar e valorizar esses homens e essas mulheres responsáveis pelo desenvolvimento do nosso Estado”, garantiu Siqueira.

O secretário de Turismo Ronaldo Santini também esteve presente no evento e destacou a importância dessa época de colheita para o Rio Grande do Sul. “É fundamental que a gente promova, também, o nosso período de colheita da uva, que representa os esforços de um trabalho árduo dos nossos produtores durante todo o ano. Se temos o Natal Luz no segundo semestre, podemos fazer também um produto forte nacionalmente com a nossa vindima. Há um mundo de possibilidades para oferecermos aos turistas, seja proporcionando a experiência da pisa da uva, seja levando um grupo para visualizar o parreiral cheio e participar da colheita, por exemplo. Também é possível oferecer almoços nos vinhedos e a degustações especiais”, ressaltou Santini.

Números do setor

De acordo com o IBGE a produção total de uvas, em 2024, foi de 703 mil toneladas, representando uma queda de aproximadamente 23% em relação à safra de 2023, que foi de 907 mil toneladas de uvas. O Valor Bruto da Produção (VBP) da safra de 2024 foi de R$ 1,68 bilhão. Já a produção de uvas destinada à indústria, foi de 485,5 mil toneladas em 2024, segundo declarações feitas no Sistema de Declarações Vinícolas (Sisdevin) da Seapi.

O município de Bento Gonçalves possui cerca de 1.100 produtores de uvas e uma área de 4.700 hectares. É a cidade que mais industrializa uvas no Rio Grande do Sul, tanto para sucos como para vinhos. Em volume de produção de uvas, ocupa a segunda posição, ficando atrás apenas de Flores da Cunha, também na Serra gaúcha.

Fomento à vitivinicultura

Em 2023, foi assinado um termo de colaboração entre a Seapi e o Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul (Consevitis/RS), para a gestão e execução do plano de ações voltado ao fomento e fortalecimento da vitivinicultura gaúcha.

A parceria que está em andamento conta com R$ 33 milhões oriundos do Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado (Fundovitis). O objetivo é viabilizar ações para a manutenção e promoção do setor, por meio de metas consonantes com a Política Vitivinícola do Estado.

Em setembro de 2024, a Seapi também anunciou a liberação de mais R$ 11,3 milhões do Fundovitis para a execução de nova parceria, que está tramitando para assinatura. A demanda era uma reivindicação do setor produtivo para a realização de novas ações de fomento à vitivinicultura.

Fonte: Seapi

 

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2025 é de R$ 51,00 (cinquenta e um reais) por membro do grupo familiar.